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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014


Como tinha dito no post de antevisão, Champions é sempre Champions e mesmo quando já está tudo decidido há sempre coisas importantes em discussão nestes jogos.
Sem Fabiano, Danilo, Casemiro e Brahimi, habitualmente titulares e que nem sequer foram convocados; a que se juntaram Martins Indie e Óliver - o primeiro entrou quando da lesão de Rúben, 41º minuto e o segundo entraria já o jogo caminhava para o fim, minuto 70 -, Herrera, Tello e Jackson, isto é, com uma equipa composta por jogadores pouco utilizados, o F.C.Porto fez um jogo sério e dentro das limitações, competente e depois de estar em desvantagem, que era injusta, nunca desistiu de procurar chegar à igualdade. E conseguiu, colocando justiça no marcador, dando uma imagem positiva, contra a uma boa equipa, recheada de bons executantes e que sai muito bem e é muito perigosa nas transições ofensivas. Não foi um jogo disputado em ritmo alto, nem um grande espectáculo, mas também não foi um daqueles jogos  que dão sono, fazem-nos arrepender de ir ao estádio.

A primeira-parte foi equilibrada, pouco espaço para jogar, poucas oportunidades, o nulo era o resultado correcto. Faltou ao conjunto de Lopetegui um Quintero inspirado, capaz de dar sequência ao bom trabalho da dupla Rúben /Evandro, faltou na frente quem acompanhasse o bom jogo de Aboubakar. Quaresma ainda fez coisas positivas, Adrián perdeu uma boa chance de mostrar serviço.

A segunda-parte começou muito parecida com a primeira, mas como o Shakhtar marcou cedo, aos 5 minutos - não se pode sofrer golos de canto e com o jogador que cabeceou sem grande oposição - o jogo animou, partiu-se: de um lado o F.C.Porto a ter mais bola, no entanto pouco esclarecido, sem encontrar as melhores soluções para chegar com perigo e marcar, do outro os ucranianos a saírem sempre com critério, principalmente por Bernard, uma seta apontada à baliza de Andrés Fernández. Vendo que era preciso agitar, Lopetegui tirou Adrián e meteu Kelvin, muito saudado, mas pouco consequente, as melhorias não se notaram; o técnico portista voltou a mexer, tirou um Quintero que não esteve particularmente feliz, fez entrar Óliver e aí as melhorias foram notórias. O F.C.Porto chegou com mais qualidade à área adversária, podia ter empatado por Indi, numa cabeçada à barra, mas viria a marcar, num grande golo de Aboubakar e fez-se justiça no Dragão.

Notas finais:
Fizemos uma excelente fase de grupos, estamos sozinhos na Champions - Sporting na Liga Europa, Benfica nem isso. Cumprimos o primeiro objectivo, ganhamos dinheiro, prestígio, conseguimos a qualificação e o primeiro lugar do grupo H, com toda a naturalidade e mérito.

Tivemos um Ricardo que é um exemplo de profissionalismo, de entrega, um jogador fiável, quer quando joga no lado direito ou esquerdo da defesa, quer nas duas laterais do ataque. É o tipo de jogador que qualquer treinador gosta, quando oiço a falar-se na sua dispensa até me arrepio.
Idem para Evandro, que só surpreendeu quem não o conhece. O ex-Estoril sabe jogar, sabe passar, sabe pressionar, ocupa bem os espaços, chega-se com propósito à frente, mostrou que Lopetegui pode contar com ele. Depois de ser uma espécie de 12º jogador, desapareceu, hoje mostrou que tem de voltar a ter mais oportunidades.
Aboubakar, não foi só pelo golo que brilhou. Não, o internacional dos Camarões, é um excelente ponta-de-lança, apenas tem contra  ele um Jackson que não tem dado hipóteses. Mas Abou, sabe receber, sabe segurar, sabe tabelar, remata bem, vai bem para os espaços, é um avançado como há poucos no campeonato português.
Rúben, depois de um período de apagamento, voltou muito bem em Coimbra, estava muito bem hoje, quando se lesionou. Não parece ser tão grave como se chegou a suspeitar, o que é uma boa notícia para ele e para o F.C.Porto.
Força, Rúben!

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